Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a cidade croata de Zadar passou por uma grande e rápida reconstrução. A orla da cidade se tornou nada além de uma parede de concreto até 2005, quando o arquiteto Nikola Bašić propôs reprojetar partes do dique de modo que este passasse a interagir com as ondas. Oculto embaixo de blocos de mármore, o "Sea Organ" é composto por uma rede de tubos de polietileno e cavidades ressonantes que "cantam" na medida em que as ondas e o vento atingem a orla. Com trinta e cinco tubos individuais distribuídos ao longo de setenta metros, este é o maior instrumento de sopro do mundo. Segundo depoimentos, o som é direcionado para o mar e impossível de se ouvir da cidade. Em 2006, a intervenção recebeu o European Prize for Urban Space.
Os degraus são compostos por sete lances paralelos, cada qual de dez metros de largura. Os sete lances são sobrepostos de modo que a cada mudança de lance há a diferença de um degrau; isso significa que tanto na junção com a orla como no encontro com a água os lances da escadaria apresentam uma silhueta escalonada. Os três primeiros são os mais longos; eles apresentam seis degraus e descem cerca de dois metros, que é o nível mais alto da plataforma de desembarque de navios cruzeiros. A partir do quarto lance de degraus, a altura do passeio da orla se aproxima gentilmente do nível da água, de modo que cada novo lance perde um degrau. O último lance, que atinge o nível definitivo da orla, apresenta apenas dois degraus acima da água.
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